A importância da terapia durante o processo de cura.
Estudos apontam que ao ser diagnosticada com câncer de mama a primeira preocupação da paciente e de sua família é sobre a sobrevivência, em segundo lugar os custos com o tratamento e em terceiro lugar, mas não menos importante, as preocupações que surgem ao longo do tratamento com a mutilação da mama e suas consequências para a vida dessa mulher.
Não só hoje, mas desde sempre os seios da mulher é símbolo de sexualidade, feminilidade e maternidade. Para a sociedade a mama é associada ao prazer, como acariciar, seduzir e amamentar.
Com isso existem muitas inquietações por partes das doentes em relação ao seu corpo, quando são noticiadas sobre a necessidade da retirada da mama, seja em sua vida sexual, com o medo da rejeição dos parceiros, a perda da feminilidade diante da sociedade e a interrupção do papel da maternidade, não sendo capaz de nutrir uma vida por meio da amamentação materna.
Podemos dizer que o diagnóstico de câncer de mama, ameaça a feminilidade, trazendo não só a fragilidade da doença, mas de se sentir menos mulher.
Com todo esse contexto cultural e social em que as mulheres diagnosticadas com câncer de mama vivem, precisamos falar sobre a importância de uma rede de apoio psicológico à paciente e seus familiares.
Compreender a mulher doente nesta fase é complexo, pois muitos são os seus anseios, além de travar uma luta contra a doença e todos os seus sintomas, uma luta ainda maior é travada em sua mente.
A conexão entre o estado emocional e bem-estar físico da mulher com câncer de mama é importante e o suporte psicológico adequado faz toda a diferença para o seu tratamento e processo de cura.
Enfrentar a luta contra o câncer traz consigo várias questões emocionais e psicológicas que afetam diretamente a qualidade de vida, entre elas podemos destacar a ansiedade, medo, depressão, isolamento social e a baixa autoestima com as alterações do corpo.
Além da doença em si, o sofrimento emocional afeta também o sistema imunológico.
O acompanhamento psicológico ajuda as pacientes a ressignificarem sua relação com o corpo, trabalham questões de aceitação e autocompaixão. É na terapia que essa mulher irá aprender a lidar com os desafios emocionais e psicológicos do câncer, melhorando sua qualidade de vida e uma recuperação mais eficaz.
A luta contra o câncer de mama vai além do corpo e é também uma jornada emocional e psicológica.